Pois é: meu apelido é "Moranguinho"... As pessoas olham pra mim e logo dizem: "Você se parece tanto com aquela bonequinha...o cabelinho vermelho,os olhos puxadinhos, as sardinhas...". Fazer o quê, né? Anos de terapia pra tentar construir minha auto imagem e foi nisso que deu... Some isso ao fato de que eu adoooro sapato-boneca e chapéus e tenho floreiras com morango aqui na varanda de casa que eu rego quase todos os dias. Enfim...melhor render-se ao lúdico fato.
Além disso a ancestral paixão por doces, chocolates. Fui apresentada a fatal guloseima aos 6 meses de idade.
Vovó era excelente cozinheira de pratos quentes, principalmente carnes e peixes. Estes últimos eram sua especialidade, pois sendo ela uma autêntica paraibana e tendo morado boa parte de sua vida em João Pessoa(linda cidade com seus portentosos jambeiros e mangueiras e castanha magníficas e camarões secos e ...isso daria vários posts no meu próximo blog, o de receitas. Aguardem.)
A questão é que doce mesmo na casa de vovó só compota. E as que ela fazia eram tudo de bom. Maravilhosas compotas de goiaba, cajú, jaca, abacaxi e tudo o que era fruta que caísse em suas abençoadas mãos.
Mas formiguinha de nascimento quer mais: quer cremes, tortas, variações infinitas com chocolate, pâtes, flan, bavaroises, etc etc etc. E sendo assim, tive que aventurar-me por conta própria no lindo e infinito mundo da Confeitaria.
Querendo me profissionalizar, fui parar em Águas de São Pedro, no Grande Hotel que abriga o campus do Senac. Dois deliciosos e frutíferos anos aprendendo muito com ótimos professores( isso daria mais uns posts).
Voltando a Sorocaba e com o tradicional dilema de recém-formado"proncovô agora?", eis que recebo um telefonema, só Deus sabe como, pedindo-me para fazer um bolo de chocolate para formatura de um rapaz da Faculdade de Medicina. Eu tinha que fazer o formando em pasta americana em cima do bolo trajando jaleco e com um estetoscópio na mão. Detalhe: não havíamos trabalhado com pasta americana na escola...apenas Confeitaria Tradicional...Então corri atrás do prejuízo com cursos, livros e principalmente com a prática mesmo. Daí foi uma encomenda e outra e outra...mas até chegar a esse atelier foi mais uma longa estória que fica pra uma próxima postagem.

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